Discussão

Este caso clínico de uma paciente com HS ilustra a complexidade do manejo da HS em um contexto de múltiplas comorbidades. Após o tratamento inicial com adalimumabe, a paciente desenvolveu psoríase paradoxal, uma reação adversa rara, observada em aproximadamente 2 a 5% dos pacientes em uso de inibidores de TNF-α.^5-7

A transição para secuquinumabe (300 mg por via subcutânea semanalmente nas cinco primeiras semanas, seguido por 300 mg a cada quatro semanas) resultou em controle parcial da HS.⁴ Este fato está alinhado com evidências recentes da eficácia de secuquinumabe em pacientes que já haviam sido tratados com adalimumabe.⁸

Os estudos clínicos de fase III (SUNSHINE e SUNRISE) demonstraram que o secuquinumabe é eficaz em HS moderada a grave, com melhora significativa da resposta clínica em comparação ao placebo.⁹

No entanto, a resolução completa do quadro inflamatório da paciente ocorreu apenas após a cirurgia bariátrica. Um estudo retrospectivo demonstrou que a perda de peso após cirurgia bariátrica está associada à redução de 50% dos sintomas de HS e a uma diminuição de 69% do número de áreas afetadas (p=0,001).¹⁰

Este caso destaca a complexidade e os desafios do tratamento da HS, principalmente naqueles pacientes com comorbidades metabólicas e psiquiátricas.

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Referências
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